por Oliveira - RS/Porto Alegre - 02-may-2012
Konbanwa. Yoroshiku onegai shimasu.
Mais uma vez, foi com grande alegria que nos reunimos. Brotas foi mesmo uma excelente escolha e a organização e o empenho dos colegas de espada tornaram esse encontro inesquecível.
Decidira não participar e me limitar a chegar à Adm na segunda-feira após o encontro para iniciar meu shugyo, mas a pertinência da argumentação de senpai Wenzel em eu emendar os dois me ajudaram pela mais feliz das escolhas.
Já na sexta-feira, o treino de final de tarde aqueceu os ânimos e passara por minha cabeça que sensei não daria ponto sem nó: reunir os graduados e não por um por um na ponta da espada não é do feitio dele... Todos lutamos sob 42 graus celsius do telhado do ginásio municipal. O que se repetiu no sábado pela manhã.
O rafting era o refresco desejado depois daquele treino matinal. E só percebi o quanto o era assim, quando, já dentro do bote, deram uma remada na água molhando nós todos!
Pensei: Caramba! É isso mesmo que eu preciso! E fiz questão de me manter bem molhado; os outros também!
A farra ao longo dos vários quilômetros rio abaixo era animada com remandas ritmadas por palavras próprias à atividade: "WHISKI! WHISKI!
WHISKI!" Depois começamos ser mais específicos: "BLACK! LABEL! BLACK! LABEL! BLACK! LABEL!" Sendo que a primeira palavra era de todos e a do contra-ritmo do Rodolfo de Recife, quem, aliás sugeriu o grito de guerra do bote: "PRA RACHACHÁÁÁÁ!!!" (Grito de guerra dos cangaceiros antes de seus ataques.) As marcas evoluíram até chegar a: "PRESI! DENTE! PRESI! DENTE!" Mas essa não fez o mesmo sucesso das outras...
O contraponto ao agito do rafting foi a montaria no domingo, que nos ensina que, em resposta a alguma grosseria, chamar alguém de "cavalo" é, no mínimo, uma ofensa aos equinos, dada sua sensibilidade.
Jantares e almoços foram os momentos fortes de conversa com os colegas e com o sensei, que sempre tem algo novo e, eu diria, ajustado a nos ensinar, até individualmente. Como somos cada um universos distintos, praticando um modo comum de relacionar-se com a vida, ajustes são mais que apropriados e convenientes.
Esses encontros com os colegas, com o sensei, com a vida nos dá mais do que a chance de encontrar um sentido para esta última, mas oportunidades de nos sentir vivos em cada momento de nossas próprias vidas.
Arigato gozaimashita.
Oliveira.
Unidade Porto Alegre.