por Bolivar - MG/Belo Horizonte - 31-may-2011
As lembranças do torneio brasileiro realizado em nossas montanhas ainda estão vivas e nitidas e como toda guerra exigiu coragem, disciplina, estrátegia e espirito de combate.
Comparo o torneio há uma batalha, em toda a sua concepção de um evento de guerra, um confronto máximo que exigiu de todos os envolvidos o melhor de suas habilidades e crenças.
Na Estrátegia o relevo e a topografia do local da batalha são fundamentais e muitas vezes decisivos, e por isso poderiamos ter ficado acomodados, já que estavamos no alto de nossas montanhas, em uma posição facilmente defensivel. Mas não, queriamos superar nossas montanhas e levantar as bandeiras mostrando a nossa vontade de guerrear.
As pessoas que vivem dentro desse mar de montanhas fazem parte de um povo guerreiro e a bandeira representa a vontade de lutar, com semelhanças com a bandeira japonesa e o espirito samurai.
Na bandeira podemos ler um escrito em latim “Libertas quae será tamen”, que podemos entender como “Liberdade ainda que tardia”. Com esse espírito pessoas notórias na história brasileira cunharam o sentimento de liberdade, fraternidade e igualdade entre seus semelhantes. O branco significava o desejo pela paz futura e o vermelho pelo sangue e esforço que seriam necessários para alcançar seus objetivos.
Desde do primeiro momento quando fomos agraciados com a oportunidade de abrir as nossas portas e receber os companheiro do Caminho, todos se inflamaram em um espirito unico de batalha, e foi assim o planejamento do que viria a ser o 10º TBIK foi iniciado.
A boa batalha é travada e vencida com planejamento, a escolha das melhores estratégias, uma cadeia de comando e comunicação alinhadas, soldados motivados, conhecimento das forças e fraquezas, e o principal, acreditar na vitória.
O exercito estava ávido pela batalha e todos contribuiram com o melhor que poderiam oferecer em suas habilidades, um unico corpo de combate formado pelo melhor que poderiamos oferecer. Com as unidades divididas e os comandos repassados iniciamos as ações e missões, e como foi bom observar o contagiante e pulsante desejo de ajudar.
Eis que a batalha chega.
Os reforços chegam de todos os lugares do Brasil, para ajudar há travar essa batalha. Companheiros distantes, mas proximos do Caminho e da Verdade.
Momentos de desafio, superação, alegria, apreensão, medo, luta, garra, coragem, e vários outros sentimentos dentro desse furacão. Como um exercito, todos os participantes da batalha cumpriram seus papeis e fizeram o melhor para alcançar a Vitória.
O prémio dessa batalha é a comprovação de que devemos acreditar e que o Caminho é tortuoso e longo, mas que vale ser percorrido.
Fizemos a nossa escolha de lutar e confiar em nossos companheiros de todo o Brasil, de continuar e acreditar nos valores que estamos apredendo atraves do Instituto Niten, de esquecer e aprender com o passado, e assim formar o futuro que desejamos, e por isso cabe aqui novamente a tradução “Liberdade ainda que tardia”.
E por tudo que foi escrito acima só posso agradecer.
Somos uma unidade de combate dentro do Exercito chamado Niten e juntos com as demais unidades temos a responsabilidade de continuar preservando as tradições e ensinamentos dos antigos Samurais e assim promover a formação de pessoas “sin ceras” e que acreditam em valores nobres.
Domo Arigato à todos da unidade Belo Horizonte por acreditarem.
Domo Arigato à todos os companheiros de Caminho por lutarem ao nosso lado.
Domo Arigato aos Sempais, pois os ensinamentos são muitos.
Domo Arigato Gozaimashita Sensei – pela A Espada que dá a vida. Em abundância.