Um dos meus grandes prazeres foi, e sempre será, escrever. Eu adoro como as palavras surgem como mágica na minha frente, formando frases e encadeando idéias, desvendando aquilo que de alguma forma já estava na minha cabeça. Sim, escrever é um prazer, mas acima de tudo é algo que faz parte da minha personalidade.
Mas acabou que até pouco tempo atrás era apenas um “teórico das letras”. Um guerreiro que lutava com a pena, mas que apenas sonhava em
lutar com a espada. Mas isso mudou e hoje eu posso dizer que escrevo diferente. Escrevo o meu caminho. Eu desejo o meu caminho e luto para
que aquilo que eu escrevo na minha mente vire realidade. Minhas armas são a coragem, a humildade, a força e o desejo de aprender. Hoje eu
tenho uma nova espada. Ela foi um presente especial de todos os meus senpais aqui de Brasília e especialmente do Sensei que ainda não tive
a honra de conhecer pessoalmente, mas cujas palavras tocaram-me profundamente. Esta espada nova não pode ser pendurada ou esquecida
num armário e enquanto eu puder ler e escrever, enquanto eu puder sentir e sonhar, enquanto eu tiver forças para realizar os meus
sonhos, o seu fio jamais perderá o corte. Esta espada é a minha alma. Afie sua alma, carregue-a com orgulho, avance sem medo e deixe que os
problemas saiam do seu caminho. Seja um rinoceronte que não para por nada, seja um espadachim, seja um filósofo da espada, enfim, seja. Siga seu sonho. E depois, se puder, escreva o que viveu...
Carlos - Brasília-DFDomo arigato Valberto pela maestria com que conseguiu expressar com poucas mas afiadas palavras o verdadeiro pensamento de um guerreiro. (Continues)
Igor - BrasíliaDomo arigatou gozaimasu e omedetou gozaimasu pelas palavras, Valberto.
Em frente no Caminho, sempre mantendo o fio da alma como o da katana! (Continues)
Recente mudei-me para Recife (Quente!).
Venho da cidade de São Paulo, e lá trabalhava na sede geral do Niten.
Em São Paulo eu tive a sorte de treinar e conviver diariamente com nosso Sensei Jorge Kishikawa, e também com os senpais (veteranos) do Niten.
Estabeleci-me aqui em Recife para ajudar no desenvolvimento dos treinos em Recife e região.
Coordenador Silva
Coordenador Silva realizando Kata
No mês de fevereiro/2011, tive a oportunidade de participar de um Shugyo junto ao Niten em São Paulo. Em que pese fosse a segunda vez que seguia para o treinamento, não me iludi em acreditar que a experiência seria previsível: somos outros e diferentes, eu e o Niten, em relação ao Shugyo realizado em junho/2009.
Assim como da primeira vez, acredito que um ciclo se encerrava para mim no Dojo e um novo se iniciava, sendo o treinamento intensivo a forma encontrada para marcar esse acontecimento. O espírito era o mesmo daquele que inspirou a fênix mitológica: despir-se do que já é velho e desgastado para permitir a renovação, o nascimento do novo.
A experiência, logo de início, já apresentou uma diferença crucial. Enquanto da primeira vez permaneci como único Shugyo da ADM, desta vez compatilhei os treinos com outros colegas. Aprendi sobre a força e importância dessa união, como corolário da Compaixão que deve nortear a vida do Samurai, pelo que sou grato a todos os envolvidos.
Também fui desafiado com o desconhecido. Seja nas missões externas, em lugares nunca visitados da cidade, seja nas internas, envolvendo trabalhos com os quais não tinha experiência (notoriamente a carpintaria), a insegurança de lidar com o desconhecido esteve por diversas vezes presente. Sair da esfera de conforto e expandir os horizontes são conceitos chaves para permitir a renovação, e o sucesso nessas empreitadas era acompanhado de um sentimento de realização pessoal sem igual.
Os treinos diários testavam os limites do corpo e a energia. O Bogu sequer tinha tempo para secar. Mais do que isso, entretanto, os limites do espírito eram muito mais graves e difíceis de superar. As frustrações, a incapacidade de alcançar os objetivos, o sentimento de impotência, todos se acumularam para me derrubar e quase tiveram sucesso. Felizmente, através das lições dos Senpais, consegui recuperar o foco e começar a compreender o que se esperava de mim, deixando o que era inútil de lado.
Por fim, a convivência com todos, os treinamentos com o Sensei, a culinária do Senpai Fugita, as cobranças do Senpai Wenzel, a energia dos Senpais Gilberto, Adeval e Silva, o companheirismo do Senpai Brandolin, todos trouxeram lições e lembranças queridas que já contribuem para trilhar o Caminho. Ao me despedir, entretanto, vieram as palavras do Sensei que mais me marcaram: eu não era um convidado na casa do Niten, o Niten já é a minha casa.
Domo Arigato Gozaimashita Sensei, por fazer no Niten o meu segundo lar
Fonseca - unidade Belo Horizonte
Santos - GoiâniaKonnichiwa, senpai Fonseca! Domo arigato gozaimashita pelas palavras! Foi uma honra tê-lo conhecido e recebido algumas orientações suas no primeiro dia do meu primeiro shugyo, que sinto que também me renovou como uma fênix. Agora ao ler este seu relato, l (Continues)
Reportagem publicada no jornal O Globo (ver link da matéria), no caderno Mundo, em 15/03/2011 às 00h37m., enviada a nós por um aluno.
Antonio Carlos T Lima - Uma única palavra para resumir a história da carteira perdida:
BUSHIDO. (Continues)
Pinheiro - ManausRealmente e uma educação e costume muito diferente do ocidental, quem sabe um dia seremos assim, torço para caminharmos para esse sentido do Caminho, pessoas corretas existem, poucas mas existem.
(Continues)
Midori - yamanashiTomara que essas noticias sirvam para abrir os olhos do pessoal! (Continues)
Cristian - Buenos AiresMuy bueno! Refleja muy bien la lucha que todos tenemos contra nuestros demonios internos y como aflora nuestra escencia cuando los vencemos. (Continues)
Eu recentemente comecei a treinar kenjutsu e obtive uma grande descoberta. Uma verdade absoluta e incontestável se revelou para mim. Os antigos gregos chamavam estes momentos de epifânia. Nestes momentos descobrimos uma verdade que estava encoberta e quando se revela, modifica as nossas vidas para sempre. Eu experimentei tal reveleção nos meus primeiros treinos no instituto Niten. Quando eu visitei o dojo pela primeira vez pressenti que tinha encontrado um lugar onde seria bem-vindo e que a verdade que tanto procurava iria encontrar.
Neste lugar, eu encontrei pessoas dedicadas desde o momento que chegam ao dojo a desenvolverem-se tanto fisicamente, quanto espiritualmente. Há uma verdadeira conexão entre o antigo estilo com as vezes do mundo moderno. Uma verdadeira sinergia entre as antigas técnicas dos samurais com pessoas das mais variadas matizes e pensamentos. É algo, de fato, extraordinário.
Eu vi pessoas que não se importam se são mais fortes, mais altas, mais magras ou o que seja em relação aos outros. Todos são cortezes, amigáveis, instruídos e de grande sabedoria. Enfim, um lugar de paz.
Eu, então, obtive a minha revelação: a verdadeira paz vem de dentro e não de fora. Ela vem de uma disciplina constante, uma mente focada e um espírito perseverante. Tudo isso eu obtive em poucos treinos no instituto Niten. O destino não pode ser mudado, mas todo homem podem fazer o que puder para se aperfeiçoar até o momento em que ele se revelar. Após tanto tempo, eu posso dizer que encontrei o meu lar.